Saiba se o seguro de automóvel é ou não obrigado a sempre usar peças originais no conserto de veículos!
O seguro de automóvel é extremamente importante para a segurança e proteção de nosso veículo. Nas situações de colisão ou outros tipos de acidente que causam dano ao carro, o seguro pode ser de grande ajuda para custear parte do conserto. Nessas horas, muitas pessoas tem dúvida se o seguro sempre usa peças originais de fábrica.
Neste post você descobre a resposta e confere algumas dicas importantes sobre o assunto. Confira e escreva suas dúvidas nos cometários. Peça também sua cotação!
Atualmente, seguro é obrigado a usar peças novas e originais
Nos casos em que o seguro é acionado para consertar um veículo, a seguradora é obrigada a usar somente peças novas e originais de fábrica no serviço de conserto. Essa é uma norma determinada nas Condições Gerais do Seguro em acordo com o Código de Defesa do Consumidor, e por isso a seguradora não tem autonomia para liberar um conserto com peças não originais ou usadas.
Nos casos de carros mais antigos, quando não há peças novas e originais disponíveis, acaba ocorrendo perda total do veículo por falta de peças. Se o segurado tem interesse em fazer o conserto com peças usadas ou não originais, é necessário negociar com a seguradora para ver o que pode ser feito. Nesses casos, quando há aceitação da seguradora no acordo, geralmente é feito um termo de acordo onde o segurado afirma se responsabilizar pela escolha de peças não originais/usadas, e destitui a seguradora da garantia de qualidade que ela é obrigada a dar quando são usadas peças originais.
Futuramente, seguro popular permitirá uso de peças usadas
Essa determinação que obriga a utilização de peças novas e originais é boa e ruim ao mesmo tempo.
- É boa por garantir que não serão utilizadas peças de procedência duvidosa (muitas vezes provenientes de desmanche ilegais) e por garantir a qualidade e segurança dos serviços de conserto, na medida em que peças originais de fábrica e novas respeitam rígido padrão de qualidade.
- É ruim porque encarece o custo de reposição de peças no seguro e, com isso, encarece o próprio seguro, tornando seu preço muitas vezes inacessível para proprietários de veículos mais antigos. Também acaba ocorrendo de veículos antigos serem considerados como perda total muito facilmente, na medida em que não há peças originais disponíveis no mercado ou, quando há, são demasiadamente caras.
Pensando nestes aspectos ruins da obrigatoriedade de se utilizar somente peças originais de fábrica e novas nos consertos liberados pelo seguro, está em trâmite uma proposta para a criação do seguro popular – um tipo de seguro de automóvel em que seria permitida a utilização de peças usadas ou recondicionadas, desde que respeitando a Lei do Desmonte, aprovada este ano.
Para saber mais sobre o seguro popular, acesse nossos outros posts:
“Lei do Seguro Popular: o que é e como funciona?”
“História do seguro popular: da primeira tentativa até hoje”
A ideia é que sejam criados seguros com foco na população de renda mais baixa, sem perder em qualidade. O seguro popular permitiria a utilização de peças usadas desde que atendendo o padrão de qualidade e supervisionamento da Lei do Desmonte. Com isso espera-se que o seguro popular seja até 30% mais barato que o seguro tradicional (que continuará sendo ofertado também).
TENHO UAM LANDMARK , IMPORTAÇAO IDEPENDENTE BATERAM EM MIM E NAO EXISTE PEÇAS NO MERADO BRASILEIRO , SOU TERCEIRO , QUAL O PROCEDIMENTO O SEGURO VAI TOMAR ??
Robserson, boa noite!
Quando não há peças disponíveis no mercado a seguradora pode fazer duas propostas, em princípio:
1) Dar perda total pela falta de peças, pagando indenização integral. Como não há modelo no Brasil não haverá referência nacional para valorar a indenização, por isso será necessário aguardar a análise da seguradora para saber como eles determinarão este valor. Se o senhor não estiver de acordo com a referência utilizada pela seguradora, a recomendação é fazer uma contra-proposta, levantando outras referências.
2) Ou então ela poderá propor de lhe pagar parte do conserto e o senhor se responsabilizar pela aquisição das peças. Neste caso caberá negociação entre o senhor e a seguradora sobre qual valor indenizarão pelo conserto, valendo ressaltar que geralmente propõe-se uma valor inferior a 75% do valor do carro.
Recomendamos a leitura destes outros posts, que terão dicas interessantes para seu caso: “Seguradora pode recusar pagar Tabela FIPE?” e “Deu perda total no seguro: posso ficar com o carro?”
Vale ressaltar que existe uma grande dificuldade em fazer seguro para carros importados com ano de fabricação acima de 05 anos, exatamente por conta da falta de peças. Infelizmente a situação que o senhor está como terceiro também ocorre com os próprios veículos segurados.
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Atenciosamente,
Boa noite! Sou terceira no acidente, meu carro será preciso fazer funilaria e trocar o retrovisor esquerdo, como preferi fazer em uma oficina não referenciada por conhecer o trabalho, preciso comprar a peça por conta própria, só que não estou achando original, posso comprar a paralela? Mas o seguro está exigindo a original.
Izabella, bom dia!
As seguradoras utilizam apenas peças novas e originais de fábrica. Para poder ser utilizada peça recondicionada é necessário acordo entre ambas as partes (segurado e seguradora) e geralmente a seguradora solicita ao segurado para assinar um termo no qual ele se responsabiliza pelas peças e isenta a seguradora de responsabilidade pela garantia da peça.
Recomendamos solicitar ao corretor da apólice se é possível fazer desta maneira, porém somente após ter esgotado as tentativas de encontrar peça nova e original.
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Atenciosamente,
Boa tarde!
Há algum tempo atrás meu carro foi batido e foi acionado o seguro de terceiro (da pessoa que causou a colisão), levei em uma oficina que me indicaram e solicitei que as peças de reposição fossem originais. Conclusão, não gostei do serviço, tenho tentado negociar com a oficina e eles só tem me enrolado. Um dia o para choque caiu e levei em outra oficina e fui informada que ele não era original (essa foi uma peça de reposição que pedi que fosse original). Liguei na seguradora da pessoa que bateu no meu carro e fui informada que a seguradora tem obrigação de consertar, não importa se a peça é paralela ou original. Solicitei as notas fiscais para seguradora e estou aguardando. Tem uma ideia de como devo proceder daqui pra frente? Não aguento mais tentar negociar o dono da oficina, o pessoal lá é muito enrolado.
Vanessa, boa tarde!
Se a oficina é referenciada da seguradora, a garantia do serviço é tanto da oficina quanto da seguradora. Recomendamos abrir uma reclamação na seguradora e solicitar a troca da oficina.
Se a oficina foi de livre-escolha, não sendo referenciada, a garantia é somente da oficina e será necessário negociar diretamente com a oficina para que o serviço seja refeito.
Recomendamos também solicitar ajuda do corretor da apólice do seguro do causador. Ele poderá lhe ajudar a desenrolar a situação.
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Atenciosamente,
Boa noite, sou terceiro num acidente, mandei meu carro numa credenciada da seguradora mas o serviço não me agradou, eles são obrigados a refazer o serviço?
Posso solicitar cópias das notas das peças para saber se são originais?
E que fazer se o serviço não me agradar novamente?
Muito Obrigado!!
Everton, boa tarde!
Caso o serviço tenha sido feito em oficina referenciada da seguradora e apresentado defeitos ou qualidade ruim, recomendamos contatar a seguradora para solicitar uma vistoria de qualidade. Se a vistoria confirmar os defeitos o serviço deverá ser refeito com cobertura da seguradora.
Caso o serviço tenha sido feito em oficina de livre-escolha a seguradora não dá garantia e por isso será necessária negociar diretamente com a oficina, dentro da garantia dada por eles.
A respeito das notas fiscais, recomendamos primeiramente solicitar à oficina tendo em vista que são eles quem solicitam e recebem as peças.
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Atenciosamente,
Olá, acionei o seguro sinistros Bradesco Auto Mulher, para troca do Pára-brisa do meu Jeep Renegade, mas quando chego na oficina prestadora de serviço credenciada, me deparo com uma situação constrangedora ofereceram a troca por uma peça não original de fábrica sem os caracteres da JEEP, querendo me convencer que essa peça seria original mas que não possuía a logomarca . Mas que originalidade é essa, o que devo fazer? BRADESCO SEGURO dor de cabeça
Silvania, bom dia!
As seguradoras trabalham com cobertura de vidros com garantia de troca por vidro original de fábrica, porém sem a logomarca da concessionária. Geralmente o vidro com e sem a logomarca é o mesmo, sendo provido pelo mesmo fabricante, com a única diferença da logomarca colocada pela concessionária.
Algumas seguradoras (não todas) oferecem cobertura opcional para vidros com selo da logomarca. Este opcional pode encarecer o valor da cobertura.
Se a senhora julgar viável, recomendamos contatar a seguradora para verificar se é possivel colocar o vidro com o selo e a senhora acertar a diferença.
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Atenciosamente,
tampa da mala recuperada o carro perde valor
Eduardo, bom dia!
Depende do grau da avaria. Se tiver sido um sinistro de grande ou média monta, pode gerar limitação no percentual de cobertura garantido ao veículo no seguro. Se houver sido um sinistro de pequena monta, não deverá interferir na cobertura do seguro.
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Atenciosamente,
Boa tarde,
Bateram no meu carro (sou terceiros) e ao levá-lo em oficinas credenciadas as mesmas falaram que é muito difícil encontrar pessoas originiais do meu veículo. Fui até em concessionárias da montadora e elas repetiram o mesmo.
Como proceder?? A seguradora me propos um valor “x” (acordo), mas eu não quero….. o carro é todo original e não quero peças genericas ou do mercado paralelo. Como proceder??
Kleber, boa tarde!
Quando não há peças novas e originais no mercado em decorrência do ano ou modelo do veículo, há dois caminhos:
a) propor um acordo com a seguradora no qual ela arca com parte dos custos de serviço e peças e o proprietário se responsabiliza em providenciar peças da confiança dele;
b) ou ocorre perda total pela falta de peças originais.
Sobre o caminho (a), existem desmanches legais onde talvez o senhor encontre peças com selo do INMETRO. Recomendamos dar uma olhada em empresas como a RENOVA Ecopeças para checar se por um acaso eles não conseguiriam lhe ajudar.
Se o caminho (a) realmente não for viável, restará o caminho (b). Será pago indenização integral com base no valor médio de mercado do veículo. Se o senhor não concordar com o valor proposto pela seguradora, recomendamos fazer uma contra-proposta com base em 03 orçamentos de veículos equivalentes ao seu, inclusive em termos de estado de conservação já que o senhor mencionou que era um carro bem cuidado.
Se nenhum desses caminhos lhe atender, recomendamos consultar as Pequenas Causas ou advogado para checar quais alternativas o senhor teria em um acordo jurídico ou processo judicial.
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Atenciosamente,
Sou terceuro no sinistro e a sguradora que recuperar peças”massa” e eu não quero peças recuperadas. Como proceder ?
Arthur, bom dia!
As Condições Gerais dos seguros de automóvel costumam possuir cláusula na qual a seguradora informa que, nos casos em que for possível recuperar as peças com garantia de qualidade e segurança, a troca não se faz obrigatória. A troca da peça costuma ser feita nos casos em que não é possível dar essas garantias.
Recomendamos procurar negociar com a seguradora para tentar argumentar pela troca. Não havendo aceitação por parte dela, recomendamos fazer o conserto e observar os resultados. Se eventualmente não ficar em perfeito estado de conservação e de uso o serviço deverá ser refeito reabrindo o sinistro e fazendo uma vistoria de qualidade.
Importante ressaltar que essas informações valem para oficinas referenciadas da seguradora, nas quais a garantia do serviço é dada tanto pela oficina quanto pela seguradora. No caso de oficinas de livre-escolha a seguradora não dá garantia do serviço, sendo está de responsabilidade exclusiva da oficina.
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Atenciosamente,
Bom dia, tenho um carro antigo que foi batido e a seguradora pediu um termo de autorização para uso de peças antigas(conforme o texto menciona)
A dúvida é: Você tem algum modelo desse tipo de documento? preciso elaborar um e não achei nada que pudesse me ajudar.
Muito obrigado
Luciano, bos tarde!
Todas seguradoras com as quais trabalhamos usam apenas peças novas e originais. No caso de não haver peças nessas condições disponíveis, geralmente é dada perda total no veículo ou negociado um valor de conserto com o qual o proprietário se encarrega de providenciar o conserto. Como nunca tivemos um caso no qual a seguradora solicitou este termo para ela mesma fazer o conserto, não temos um modelo.
Recomendamos solicitar à seguradora instrução de quais informações colocar neste termo pois eles poderão lhe orientar melhor.
Poderia por gentileza nos informar qual seguradora está atendendo o senhor? Assim podemos tentar levantar esta informação.
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Atenciosamente,
Olá um rapaz bateu no meu carro pois eu não tenho Seguro e o rapaz tem então a seguradora mando arrumar o meu carro a dúvida e bateu na traseira o tampa do porta malas entro pra dentro eles tao recuperando metendo massa por ser um tanpao eles tem que por um novo ou eles pode recupera sendo q da pra trocar …
Dijavan, boa tarde!
Nos casos em que é possível fazer com garantia de qualidade, a oficina referenciada da seguradora pode optar por fazer a reparação da peça ao invés da troca. Tanto que, se após a reparação, for constatado ao algum defeito ou falha, você tem direito de solicitar uma vistoria de qualidade e refazer o conserto até ficar bom.
Nos casos em que não é possível dar garantia, a peça não pode ser reparada, devendo ser trocada.
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Atenciosamente,