Entenda por que é difícil encontrar seguros para carros de colecionador e conheça alternativas!
Alguns de nossos clientes são aficionados por carros e ter por hobbie colecionar e restaurar veículos antigos. São modelos dos anos 70 e 80, verdadeiras preciosidades. Ao procurar seguro para esses bens, se deparam com uma dificuldade em comum: nenhuma seguradora aceita esses carros no seguro de automóvel compreensivo.
Existem modalidades alternativas de cobertura para essa situações – explicamos quais são e como funcionam neste post. Ainda assim, o consumidor-segurado continua com a pulga atrás da orelha: Afinal, por que as seguradoras não aceitam cobertura de casco para veículos de coleção? No post de hoje responderemos essa questão.
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O que é “cobertura de casco”?
Um seguro de carro pode ser composto por diversas coberturas, as quais recaem sobre o próprio veículo, terceiros e passageiros. A cobertura de casco é aquela que diz respeito a danos ao próprio veículo segurado, tais quais incêndio, danos da natureza (enchentes, raios etc.) e colisões.
Quando o seguro tem todas as coberturas disponíveis (casco, roubo/furto, terceiros, vidros, assistência 24h etc.) chamamos de “seguro de automóvel compreensivo“.
Coberturas de roubo/furto sem recuperação e danos a terceiros tem opções no mercado para grande maioria dos modelos de coleção, podendo ser contratados de forma individualizada (ou seja, fora do seguro automóvel compreensivo). Já a cobertura de casco é usualmente comercializada apenas dentro do seguro compreensivo e não tem opção de ser contratada sozinha. Nela a aceitação é restrita para veículos de coleção em todo mercado.
Reposição de peças é determinante!
A restrição na oferta de cobertura de casco para veículos de coleção está diretamente ligada a dificuldade de reposição de peças nesses modelos, conforme descrevemos abaixo.
Baixa disponibilidade de peças: Por se tratar de veículos de coleção, as peças no geral são antigas e difíceis de encontrar. Quando ocorre uma colisão envolvendo o veículo de coleção, isso dificulta e até inviabiliza a seguradora de fazer um orçamento adequado para reparo e/ou formalização de perda total. Ela pode não encontrar as peças, de modo que fica em disputa se dá perda total por falta de peças (o que nem sempre o proprietário quer) ou se faz o reparo com peças paralelas – levando ao próximo problema.
Peças originais versus peças “paralelas”: É evidente que o veículo de coleção tem por um de seus diferenciais o uso de peças originais. Esse é um dos sexy appeal em se tratando de coleções. Como contrato de seguro tem por foco a reposição do bem e não a reposição do valor de coleção, ele pode prever cláusulas que permitem o uso de peças novas porém paralelas. Ou seja, peças aprovadas pelo INMETRO e fabricantes, contudo, sem o logotipo da montadora. Dado que para o veículo de coleção esses detalhes importam, em sinistros de perda parcial passíveis de reparo com reposição de peças, essa divergência pode gerar embate entre consumidor-segurado e seguradora, ao ponto de a seguradora optar por não comercializar esta modalidade.
Alto custo de reposição: Por fim, ainda que ambos pontos acima tenham solução, há o agravante de o custo de reposição de peças de veículos de coleção ser, na média, mais alto. Ainda que a seguradora encontre peças e o proprietário concorde sobre a origem das peças propostas pela seguradora, o custo tende a ser alto. Com isso, é comum pequenos sinistros atingirem 75% de dano, que é o critério para ser considerado perda total. Novamente trata-se de cenário onde podem haver divergências: há proprietários que ficarão satisfeitos com a PT recebendo a indenização, enquanto há outros que preferem que o veículo seja reparado, já que dificilmente a indenização será suficiente considerando todos gastos que teve para restaurar e manter o veículo em bom estado de conservação. Prevendo esse tipo de situação, as seguradoras acabam se precavendo e não ofertam seguros compreensivos para esses carros.
Outros modelos com dificuldade de aceitação
Não são só os veículos de coleção que esbarram nas dificuldades acima. Veículos “normais” com mais de 10 anos ou veículos blindados com mais de 5 anos também não costumam conseguir aceitação no seguro compreensivo. O motivo é o mesmo: a cobertura de casco é restrita dada a grande dificuldade de reposição de peças.
Ainda assim, vale reforçar que há outras modalidades simplificadas as quais podem ser interessantes para proteger o veículo de outros riscos. Exploramos o assunto neste post.
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