Saiba se a análise de orçamento de conserto pelo seguro desconta ou não a franquia!
Recebemos a seguinte dúvida de nosso visitante Magnilson:
“Meu carro sofreu uma colisão. O seguro considerou perda parcial. Porém, ao receber o orçamento da oficina, verifiquei que supera os 75% para considerar PT e pagar indenização integral. Eles descontam o valor da franquia do orçamento analisado?”
Confira nossa resposta:
Olá Magnilson, tudo bom? :)
Excelente questão, obrigada pela participação!
O critério para ser considerado perda total, como o senhor muito bem pontuou, é que o orçamento para reparo seja igual ou superior a 75% do valor do veículo.
O orçamento usado como referência para esta análise inclui as peças a serem trocadas, peças a serem reparadas, mão-de-obra etc. A franquia obrigatória não deve ser descontada na análise deste orçamento.
Somente após análise do orçamento de forma integral é que determinado se trata-se de perda parcial ou perda total. É neste momento de conclusão que passa a valer a cláusula de franquia obrigatória. Ela é paga pelo segurado diretamente à oficina somente após a entrega do veículo reparado, enquanto a seguradora arca com a diferença acima da franquia. Nos casos de perda total, não existe essa cobrança e o segurado recebe a indenização integral livre de franquia.
Quando existe divergência sobre a análise do orçamento, recomendamos seguir o seguinte caminho:
Passo 1: Confira o orçamento para checar se não houve erros nas somatórias. É incomum, mas pode acontecer!
O corretor da apólice poderá lhe ajudar com essa conferência.
Passo 2: Se o orçamento estiver em ordem, verifique qual é o valor de referência do veículo.
Existem duas formas de contratação: valor referenciado (Tabela FIPE) e valor determinado (valor fixo estipulado em contratado).
Certifique-se de qual a forma de contratação de sua apólice e verifique qual o valor do veículo.
Confira se a seguradora está usando o valor correto do carro para análise do orçamento da oficina.
O corretor da apólice também poderá lhe ajudar a levantar essas informações.
Passo 3: Se após essas conferências não encontrar motivo para análise ter dado perda parcial ao invés de perda total, recomendamos solicitar ajuda do corretor da apólice para protocolar todas essas informações no processo de sinistro e solicitar reanálise e justificativa para conclusão por perda parcial e não total.
A seguradora poderá se retratar e reverter o processo para conclusão de PT e não perda parcial.
Passo 4: Se isso não ocorrer, a seguradora mantiver a análise de perda parcial mesmo com todas evidências em favor da PT, a recomendação é primeiramente abrir reclamação no SAC e guardar o protocolo. Sem resolução neste canal, abra reclamação na Ouvidoria e também guarde o protocolo. Não resolvendo nesta ultima instância administrativa, leve todos esses protocolos e demais documentos (orçamento etc.) às Pequenas Causas ou solicite orientação de um advogado para recorrer judicialmente.
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