Conheça a história de mulheres guerreiras que transformaram o mundo
Mulher: Você já pensou como seria a história sem essas mulheres que lutaram por seu (nosso!) lugar ao sol? A maior homenagem que podemos fazer a essas guerreiras é relembrar suas lutas e continuar lutando para sua perpetuação, na busca por uma sociedade mais igualitária em gênero. Conheça a história de mulheres que transformaram o mundo e o Brasil. Inspire-se e inspire, mulher!
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Atualmente a ascensão da mulher no mercado de trabalho vem sendo bastante divulgada. Por trás de um movimento como esse há infinitas histórias de coragem, que valem a pena ser contadas e recontadas. Há muito ainda por se fazer para melhorar a condição de vida das mulheres no Brasil, mas há também muitas histórias para nos inspirar até chegarmos lá!
Mulher, se olhe no espelho
e veja o fruto da história de muitas mulheres
Somos resultado de muitas escolhas, sucessos e frustrações pessoais. Mas também somos fruto da História: os direitos e possibilidades que temos hoje são consequência do empenho de muitas mulheres que, antes de nós, tiveram coragem para escolher seus caminhos, mesmo quando isso implicava enfrentar convenções sociais que diziam que a mulher não podia fazer o que queria, vestir o que queria… ser o que queria.
A trajetória dos direitos das mulheres nunca foi tranquila ou natural, e neste dia internacional da mulher, para além dos chocolates e flores (que eu, particularmente, adorooo!) é preciso rememorar essas histórias e levá-las à frente, para que os direitos das mulheres continuem se ampliando. Infelizmente, pesquisas constatam que a violência contra a mulher continua, que ainda há discriminação de gênero nos níveis salariais, que as mulheres são mais afetadas pela precarização do trabalho. Por isso histórias como as que contaremos ainda tem grande significado social não só para o passado, mas para o presente e, especialmente, para o futuro!
Luta por Direitos Iguais
Mulheres da história, dos quilombos, da política
Imagine Inglaterra e França numa guerra sangrenta nos tempos medievais, a Guerra dos Cem Anos. Você acreditaria que uma mulher teve coragem para reunir um exército ao seu redor e influenciar esse conflito? Essa foi Joana D’Arc (1412 – 1431), uma francesa que acreditava ouvir vozes que instruíam seus atos na guerra. Sua liderança era uma afronta aos padrões sociais e religiosos da época e levaram a uma morte brutal: a fogueira.
No Brasil, nos tempos da colônia, Dandara foi esposa de Zumbi dos Palmares, com importante papel na resistência contra a escravidão. Além de esposa e mãe de três filhos, foi guerreira, participando de ataques e defesas de resistência nos Palmares. Suicidou-se quando capturada para não voltar a ser escravizada. Hoje em dia estudos comprovam que a mulher negra ainda é a que mais sofre discriminação no mercado de trabalho – Dandara é um exemplo de inspiração para reverter este quadro.
Outro exemplo de coragem e força foi Anita Garibaldi (1821 – 1949), que lutou ao lado de seu companheiro revolucionário Giuseppe Garibaldi em diversas batalhas no sul brasileiro, o que lhe rendeu o título de “Heroína de Dois Mundos”. Assim como Anita, Eva Perón (1919 – 1952) inseriu-se na vida política ao lado do esposo, no caso dela como primeira dama. Mas sua personalidade cativante e sua força renderam-lhe um lugar a parte na história: conhecida também como Evita, extremamente popular e querida pelo povo, criou o Partido Peronista Feminino e deu direito de voto as mulheres argentinas em 1947. Com sua Fundação Eva Perón foi referência na construção de hospitais, escolas, asilos para idosos e abrigos para mães solteiras.
Na história contemporânea, Margareth Thatcher foi a primeira mulher a dirigir uma democracia moderna, em 1979, ao ser eleita primeira-ministra do Reino Unido. Apesar de seu posicionamento político extremamente neoliberal ter rendido diversos retrocessos no aparato de proteção social do país, governou com dureza e rigidez, ganhando o apelido de “dama de ferro”. Vale ainda destacar Benazir Buttho (1953 – 2007), primeira mulher que ocupou o cargo de premiê de um país muçulmano dirigindo o Paquistão em duas ocasiões. Foi assassinada em plana campanha política.
E, cá entre nós, a maior inspiração de todas: Maria da Penha, brasileira e símbolo emblemático na luta pelo direito e proteção da mulher, é líder de movimentos contra a violência doméstica e conquistou, em 2006, a lei Maria da Penha, a qual aumenta o rigor e punições para violência contra a mulher. Devido às agressões de seu ex-marido, Maria da Penha tornou-se paraplégica, mas nunca desanimou de sua luta.
Entre as muralhas da Cultura
Mulheres da literatura e poesia, da arte, do cinema
Não foi só no âmbito da política que as mulheres tiveram que lutar por seu espaço e direitos. Foi Coco Chanel (1883 – 1971) quem rompeu com as amarras da moda que só sabia vestir mulheres com vestidos e roupas de dona de casa. Estilista francesa, na década de 20 revolucionou os padrões da moda atribuindo ao vestuário feminino peças masculinas que valorizavam as curvas. Por causa dela, podemos usar calças e vestidos tubinhos sem qualquer ressentimento social (e, acredite, para época isso era muito forte!). Seu corte de cabelo acima dos ombros também era uma grande transformação para época (o famoso “chanel”).
Na literatura temos o exemplo britânico da escritora Virginia Woolf (1882 – 1941) e exemplo brasileiro da poetisa Cora Coralina (1889 – 1985). Cada qual a sua maneira, influenciou a literatura de seu país, com retratos da sociedade em que viviam.
Nas artes plásticas brasileira não podemos esquecer de Tarsila do Amaral (1886 – 1973), grande nome do movimento modernista brasileiro. Em sua fase “Pau-Brasil” retratou a fauna, a flora e os símbolos da modernidade urbana brasileiras com cores e imagens acentuadamente tropicais.
No cinema moderno, como esquecer de Marilyn Monroe (1926 – 1962), uma das maiores atrizes da indústria cinematográfica norte-americana, até hoje símbolo da sensualidade feminina. Atualmente, Gisele Budchen é ícone não só nas passarelas da moda, mas também em frentes de militância social e ambiental.
E quem está na sua lista?
Conte em nossos comentários!
E você: quais mulheres a inspiram? Nem sempre precisamos buscar muito longe ou nos livros de história. Eu, particularmente, tenho grande admiração por minha mamãe Tarciza e avó Geni – mulheres guerreiras, cada uma a seu jeito! Ajudaram-me a ser a mulher que sou, e tenho muito agradecer por isso.